domingo, 17 de fevereiro de 2013

VIVER A SERVIÇO DO AMOR


A VOZ DO PASTOR

“Apascentai o rebanho de Deus que vos
foi confiado, cuidando dele, não por coação, mas
de livre vontade, como Deus o quer, nem por torpe ganância, mas por devoção, nem como senhores daqueles que vos couberam por sorte, mas
antes, como modelos do rebanho. Assim, quando
aparecer o supremo pastor, recebereis a coroa
imarcescível da glória” (1Pd 5,2-4)
Esta Palavra de Deus nos exorta a viver a
nossa missão pastoral como um serviço de Amor
ao Povo de Deus e em Comunhão e Unidade entre
nós. Alguns princípios fundamentais devem reger
a nossa vida e a nossa missão pastoral: o princípio
Trinitário; o princípio da Verdade; o principio da
Comunhão; o princípio da Colaboração; o princí-
pio da Justiça e da Legalidade e o princípio da pessoa certa no lugar certo.
O princípio Trinitário nos faz tomar consciência de que fomos Criados por Deus Pai, Redimidos por Cristo e Santificados pelo Espírito Santo.
No nosso ministério pastoral agimos em Nome do
Pai (fomos criados à Sua imagem e semelhança),
em Nome do Filho – Jesus Cristo (enviado para
expiar os nossos pecados e que faz de nós, mestres, sacerdotes e pastores) e em Nome do Espírito
Santo, (que nos regenera, santifica e dá sabedoria à Igreja). Tudo o que foi revelado e cremos a
respeito da glória de Deus atribuímos igualmente
às três Pessoas da Trindade, que é Deus eterno e
verdadeiro.
O princípio da Verdade deve ser um crité-
rio pastoral constante. A verdade revelada, a Palavra de Deus, o Magistério da Igreja, a Tradição vida
da Igreja, os planejamentos pastorais da Diocese e
das Foranias, devem ser elementos irrenunciáveis
de todo o ministério pastoral dos padres e diáconos e das atividades paroquiais. O pastor deve ser
o primeiro a acolher para a sua vida a verdade que
anuncia ao povo a ele confiado. Uma pastoral só
é autêntica se ancorada na verdade de Deus e na
verdade dos fiéis.
O princípio da Comunhão nos impele a
promover a unidade de fé, de amor e de disciplina.
A unidade não é uniformidade, é a legítima variedade que deve ser reconhecida, acolhida e tutelada. O bem da Diocese e das Foranias deve ser considerado, defendido e tutelado pelas comunidades
paroquiais e a Forania deve conhecer e promover
o bem das comunidades e estar em constante di-
álogo com os pastores e fiéis, respondendo pastoralmente às rápidas e continuas mudanças que
devemos evangelizar.
O princípio da Colaboração nos impele a
praticar a eclesiologia da comunhão, uma vez que
os batizados seja individualmente seja associados entre si, têm o direito e o dever de colaborar,
cada um segundo a própria vocação e o carisma
recebido de Cristo e do Espírito Santo, na missão
que Cristo confiou à Igreja: ser Sal, Luz e Fermento da civilização do amor. Cada um assuma o seu
cargo e sua responsabilidade com zelo cumprindo
os sagrados cânones e respeite as competências
deixando-se ajudar e coordenando as diversas instancias sob sua jurisdição.
O principio da Justiça e da Legalidade solicita a todos nós a submissão às leis canônicas para
que sejam tutelados o bem comum e o bem de
cada um dos batizados. Os fiéis e os pastores têm
o dever de exercer bem os próprios deveres em relação aos outros, a família, à Igreja e à sociedade.
O respeito às leis vigentes é uma segurança para
que os bens imóveis sejam reconhecidos e possam
garantir a continuidade dos trabalhos pastorais
que abrigam. Os funcionários registrados, os voluntários cadastrados e outros deveres legais, são
questões de justiça e dever de todos.
O princípio da Pessoa Certa no lugar certo exige de todos os pastores uma conduta guiada
unicamente por critérios sobrenaturais e o bem
pastoral da Igreja particular. Na condução do Povo
de Deus, olhe-se antes de tudo para o bem das almas, a dignidade das pessoas e se aproveitem as
capacidades das pessoas de forma útil e idônea e
a serviço da comunidade. Não nos acomodemos
e estejamos abertos às necessárias mudanças e
transferências que são sempre boas para o povo
e para os pastores. Deus nos chamou e nós deixamos tudo para seguir a Cristo e servir o povo de
Deus. Se não estivermos livres e felizes na nossa
missão somos os mais miseráveis dos homens,
pois não temos o que deixamos e nem o que buscamos.
Estas considerações fazem parte do “Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos”. O
Ministério Pastoral dos padres e diáconos exercido em estreita colaboração e comunhão com os
bispos é causa de alegria e de construção do reino de Deus, por obra do Espírito Santo. O povo de
Deus tem direito de receber o máximo de graças
de Deus e de viver o Amor e a Unidade dos quais
nós somos os guardiões e promotores.
Caminhemos juntos com zelo e alegria.
Dom Joaquim Justino Carreira
Bispo Diocesano de Guaru

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